(A.Lessa)
Telepatia não me sacia
Sai saci sassarica na Síria
Projeção astral perdeu a graça
Só me engraço em sangria ou desgraça
Tudo para quê?!
Rotineiro é sentir e não ter...
Sou uma ave e o céu me anuvia
Lanço vôo em mares de luz, arauto do dia.
Concupiscente, sou. E fiel.
Atualmente existem restrições
Certas coisas são proibições
Obediente, sou. E meio insano...
Quiçá, talvez...
Sei que sou...
Tô cansado de todo esse tolhimento!
Se amar é pecado, meu bem
Eu lamento...
Eu não posso mais...
Desejá-la apenas em meus
Pensamentos
Agora navego em corredeiras de lágrimas
Não há sua voz, brincadeira... nem nada!
Quando a noite cai...
E no lúdico não há amantes
O arrependimento sobressai...
Refiro-me ao tocante e aos
Pactos que fiz...
Bichos da seda e seus
Hímens de veludo, anis...
São belezas...
E efemeridades vis.
Do livro Negro Rom (2005), de Alcantara e Lessa. Rio de Janeiro, RJ.
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